segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Oco


As vezes sinto que não sou solido
Sou oco
Não há nada atrás dos meus olhos
Sou o negativo de uma pessoa
É como se nunca pensasse nada
nunca escrevesse nada
nunca sentisse nada
Só o que eu quero é escuridão
Escuridão e silêncio

4 comentários:

Eduardo Magalhães disse...

Às vezes me sinto assim, oco. Isso é comum principalmente quando não estou apaixonado.
Principalmente ao ouvir uma canção que fale sobre amor, amar, ou estar apaixonado...e não pensar em ninguém.

Heber disse...

Aew caitooo, tô me aventurando nessa histórinha de webblogs tb!

Essa foto do poema, quem é? A tal da Virginia Woolf, que você me apresentou e que a (re)encontro sempre em citações esparsas nos livros de Fernanda Young?

Sobre o fato de nos sentirmos oco, penso que quando a oquidão é percebida tão somente em nosso equador é sinal de limpeza, anunciação de que as coisas que não valham a pena não lhe ocupam mais, coração aberto a novos inquilinos. Fora isso, estar oco nas regiões próximas aos nossos pólos só pode ser burrice e impotência, o que não vem ao caso.

[]´s

Heber disse...

ah! quero aprender a lincá-lo!

Unknown disse...

Escuro e Silêncio é molhado
Mas dá sede e fome de algo que não sabemos o quê